Que peso têm os aspectos angulares que formam entre os planetas no âmbito de uma Revolução Solar?
Premissa: lembre-se de que reiteramos em outros pontos desta seção dedicada às Revoluções Solares – um Céu de Revolução Solar (ou RSM) não deve nem pode ser lido como um Mapa natal, mas, caso isso aconteça, deve ser a esse integrado a fim de colhermais e melhores oportunidades (por exemplo, de deslocamento para o próprio aniversário, se houver a necessidade) e com o objetivo de formular previsões o mais precisas possível.
É muito simples a regra básica que Ciro Discepolo estabelece, no que diz respeito aos aspectos angulares que formam entre eles os planetas de um céu de Revolução Solar. Ele afirma que tais aspectos são absolutamente irrelevantes em relação à maior e fundamental importância da posição que os planetas – todos os planetas – assumirão nas Casas de um Céu de Revolução Solar (ou RSM).
Exemplo prático: se Marte de Revolução Solar cai em 12^, 6^ ou I Casa de Revolução Solar (as três famosas Casas “pestilentas” citadas em outro lugar desta seção, se lembra?), mesmo se esse fosse substituído por diversos sextis e trígonos, agiria sempre e de qualquer maneira como um Marte fortemente machucado e, portanto, nocivo. Um Marte que nos traria problemas e aborrecimentos em todos os campos. O mesmo se aplica a Sol e Saturno (mesmo se este último em medida nitidamente menor) nas três Casas citadas acima.
Quando muito, o ilustre estudioso nos chama para observar mais uma vez o fato que um stellium (acúmulo) de planetas em 12^ Casa, mesmo se envolvendo planetas bons como Sol, Júpiter e Vênus, é igualmente difícil e nocivo e tem stellium idêntico em 6^ ou I Casa de um Céu de Revolução Solar.
Assim, a importância de eventuais trígonos e sextis, e não de quadrantes e oposições em um Céu de Revolução Solar (ou RSM), segundo Discepolo, é mínima, quase nula. Tanto que ele atribui uma pontuação de +1 e -1 aos aspectos angulares entre os planetas em relação à pontuação 100, entendida como valor de máxima importância na avaliação da posição de um único ou de mais planetas nas Casas do Céu de Revolução Solar.
Portanto, na análise de um Céu de Revolução Solar qualquer, concentre ao máximo a atenção na posição dos planetas nas Casas daquele Céu de Revolução Solar e cuide pouco ou nada dos aspectos angulares que esses formam entre eles. Quando muito, tenha em mente que os planetas, especialmente quando estão próximos da cúspide do Ascendente e do M.C de Revolução Solar adquirem maior peso, tornando dominadores.
Agora prosseguimos juntos nesta fascinante e sugestiva viagem na Nova Fronteira da Astrologia, indo descobrir quais e quantos são os elementos que nos permitem datar os acontecimentos no arco de um ano descrito por um determinado Céu de Revolução Solar (ou RSM).