Imprima este artigo - Longitude e latitude na escolha de uma RSM

Para entrar “tecnicamente” um pouco mais no fascinante mundo das RSM é indispensável ter claro poucos, mas essenciais, conceitos que não têm relação exclusivamente com a astrologia, mas que nos permite mover com maior liberdade no discurso da escolha de um aniversário astrológico mirado (RSM). Estes conceitos têm a ver com a geografia e a cartografia.

Nesta seção dedicada à Astrologia Ativa, você encontrará esses conceitos expressos em duas partes separadas entre elas: esta que você está lendo e outra intitulada “Poucos e simples conceitos de geografia para se orientar nas RSM. A eficácia da latitude nas RSM”, que você encontra a seguir.

Nesta seção de Astrologia en Linea, assumimos que quem chegou até aqui, saiba, por exemplo, que a astrologia se baseia em uma visão antropocêntrica (idealmente, o homem é colocado no centro do universo junto com a Terra) em antítese com a visão pré-Galileu que estabeleceu aquilo que hoje é universalmente reconhecido, isto é, que o Sol está no centro do universo, enquanto os outros planetas giram em torno a ele, inclusive a Terra.

Outro conceito-base é aquele que define o Ascendente, que, em um horóscopo, é o grau do signo zodiacal que se ergue de horizonte a horizonte no momento do nascimento analisado.

O nosso ponto de observação de todos os nascimentos ocorre segundo as coordenadas terrestres que são: longitude e latitude do lugar de nascimento e que são medidas em graus, minutos antes e suas frações depois.

Latitude:

São linhas que formam círculos paralelos em relação ao Equador, que tem latitude 0° – esses círculos horizontais são aqueles ao redor do mapa-múndi. Cada um desses círculos mede um grau e no total são 90 a Norte e 90 a Sul do Equador. Isso significa que duas cidades, mesmo muito distantes entre elas, têm pouquíssima diferença de latitude, que, lembre-se, define a posição de um lugar na direção Norte-Sul. Por exemplo, Buenos Aires se encontra a 34° e 40’ Sul em relação ao Equador, e Sidney se encontra a 33° e 32’ Sul em relação ao Equador.
Para concluir, latitude é igual a paralelos.

Longitude:

São linhas verticais perpendiculares ao eixo terrestre que passam pelo Equador. Essas linhas se chamam meridianos e somam 24 meridianos fundamentais, que enunciam a mudança das horas e, portanto, definem ao mesmo tempo uma longitude e um fuso horário (coisa que nos interessa bastante para as RSM!).

A longitude define a posição de uma localidade na direção Leste-Oeste em relação ao meridiano de Greenwich (a referência-base para calcular o Ascendente para os nascimentos em todo o planeta) que convencionalmente mede 0°. É por isso que, ao contrário da latitude bem próxima, as duas cidades mencionadas acima têm longitude bem diferente uma da outra: Buenos Aires se encontra a 58° e 30’ a Oeste de Greenwich e Sidney se encontra a 151° 10’ a Leste de Greenwich.Para concluir, longitude é igual a meridianos.

A propósito de longitudes, Ciro Discepolo recomenda usar a referência em hora e não em graus. Por exemplo: se Buenos Aires mede 58° e 30’ a Oeste de Greenwich, ficará mais fácil entender que a cidade está a quatro horas atrás em relação a Greenwich. Isto será útil para escolher melhor a localidade para passar o teu aniversário. Mais adiante explicaremos o porquê.

Fusos horários :

O movimento da Terra acontece de Oeste verso Leste e é nesta direção que nós contamos 23 fusos horários, coisa que, como dissemos acima em relação à escolha de uma localidade “mirada” para o aniversário astrológico, é fundamental e determina a verdadeira diferença entre a escolha de um lugar e não de outro.

O fuso horário é o espaço da superfície terrestre compreendida entre dois meridianos distantes entre eles 15°. A superfície terrestre foi dividida em 24 partes para dar a todos os países uma hora convencional. Cada fuso horário adora a hora do próprio meridiano central que está atrasado de uma hora em relação ao fuso imediatamente a Leste e adiantado de uma hora em relação àquele imediatamente a Oeste. Cada fuso horário corresponde a uma hora de tempo. Por exemplo, Nova York em relação à Itália está a 5 horas e 56 minutos atrás, enquanto em relação a Greenwich está atrás apenas de 5 horas. Isso porque a Itália, que está a Leste de Greenwich, mede 56 minutos a mais em relação ao meridiano 0° di Greenwich. É por esta razão que, no total, Nova York resulta estar justamente a 5 horas e 56 minutos atrás em relação ao horário italiano.

Ainda a propósito de fusos horários, o líder da Astrologia Ativa, Ciro Discepolo, sintetizou uma regra muito útil que vamos repropor a seguir: “Para calcular a hora da RSM, desconsiderem eventuais horários de verão e acrescentem ou subtraiam a diferença do fuso horário entre Londres e a localidade de destino, se, nesta última não está em vigor o horário de verão. Se vice-versa, em ambas as localidades vigore o horário de verão, calculem a diferença de fuso horário e depois acrescentem uma hora”.

Elítica:

É a trajetória circular do movimento do Sol no céu, em volta da Terra (cerca de um grau por dia). De fato, o ano é feito de 365 dias, o zodíaco mede 360°, cada signo zodiacal mede 30° (dura cerca trinta dias) e cada dia equivale a cerca um grau. Ok?

Atrás desta trajetória aparente do Sol, nosso ponto de observação permanece no mesmo nível, mas se movem os 12 signos do nosso zodíaco que medem no total 17° em latitude (8° e meio a Norte e 8° e meio a Sul da elítica) e 360° em longitude. A elítica, ao contrário, resulta inclinada em relação ao Equador de 23° e 27’, mas também 360° em longitude. A elítica cruza o Equador (celeste) em dois pontos: a 0° Áries e a 0° Libra, isto é, durante os equinócios de primavera e de outono, quando a luz do dia tem a mesma duração da luz noturna.

Os astros do nosso sistema solar, segundo a visão astrológica que é antropocêntrica, se movem, portanto, nessa faixa compreendida entre 360° de latitude e 17° de longitude.

Este último discurso aparentemente um pouco complicado (mas nem tanto, vai!) é indispensável para compreender o conceito de signos de curta e longa ascensão que abordaremos a seguir.

Signos de curta ascensão e longa ascensão :

Signos de curta ascensão (um signo que “dura pouco”) são aqueles que nascem do Oriente muito antes de um signo de longa ascensão (um signo que “dura muito”). Por exemplo, observando uma Mesa das Casas em Roma, descobrimos que existem alguns signos que ascendem, ou seja, nascem muito antes do que outros:

Áries: 1h.10’
Touro: 1h.20’
Gêmeos: 1h.51’
Câncer: 2h.22’
Leão: 2h.30’
Virgem: 2h.34’
Libra: 2h.37’
Escorpião: 2h.29’
Sagitário: 2h.21’
Capricórnio: 1h.50’
Aquário: 1h.24’
Peixe: 1h.10’

Vocês podem notar que em relação à Libra, Áries tem 1h. e 27’ de diferença a menos! “E daí?”, você diria. Calma. Para calcular o Ascendente em um horóscopo, conta a inclinação do zodíaco. No intertítulo sobre “Elítica”, dissemos que o zodíaco começa a 0° Áries para chegar até o máximo da sua inclinação a 23° e 27’ de Câncer). Portanto, dependendo do aumento ou da diminuição da inclinação, os signos se movem com velocidades diferentes e, assim, alguns deles nascem primeiro e outros depois.

Saber isso é importante para perceber logo de cara que se um Ascendente de Revolução Solar em Touro (signo de curta ascensão) está em Milão, em I Casa radical (posição muito difícil que descobrimos graças aos estudos realizados por Ciro Discepolo e que depois explicaremos por que é assim tão difícil) e você quer mover aquele Ascendente na tua 2^ Casa radical, com boa probabilidade bastará se locomover em direção a Atena (portanto, a Leste de Milão) para posicionar o Ascendente em 2^ Casa e o jogo está feito.

Portanto, note bem: se você vai para Leste em relação a Milão, o Ascendente de Touro “desce” no signo sucessivo e, consequentemente, na Casa sucessiva. Se, ao contrário, o Ascendente de Revolução Solar caísse sempre em I Casa radical, mas em Virgem (signo de longa ascensão), então com certeza não bastaria ir para Atena para colocá-lo em 2^ ou em 3^ Casa, mas você deve ir “mais além” a Leste parar “ganhar” em fuso horário, como Istambul e assim por diante. Muito do jogo das RSM se articula em tentativas de se deslocar para Leste ou Oeste de onde estamos para “abaixar” ou “aumentar” o Ascendente de Revolução Solar, dependendo das nossas necessidades. Mas sobre isso falaremos no próximo espaço dedicado ao argumento geográfico.