Revoluções Lunares: o que são e para o que servem
A esta altura do campeonato, para todos aqueles que chegaram até aqui “desde o início”, ou seja, para todas aquelas pessoas que leram toda esta seção, argumento por argumento, na ordem em que são propostos, será quase como uma caminhada se aproximar do discurso das Revoluções Lunares. Nesta parte da seção dedicada à Astrologia Ativa, você descobrirá que o que são, para o que serve, como e por que elas são usadas.
O mecanismo delas é idêntico àquele das Revoluções Solares: uma Revolução Lunar (RN) acontece uma vez por mês quando a Lua volta a ocupar exatamente a posição que tinha no Mapa natal no momento do nosso nascimento.
Com qual frequência anual acontece o Retorno da Lua? Cerca doze vezes em um ano, uma vez que, como todos nós sabemos, a Lua emprega cerca um mês para fazer a volta completa do zodíaco. O que implica este “cerca”? Que quase sempre, no arco de um ano, cada um de nós se encontrará em realidade a ter treze, às vezes, até quatorze revoluções lunares, em vez de doze.
Um pouco antes acenamos para o fato que o mecanismo das RL é igual ao das Revoluções Solares e a modalidade de leitura delas também segue substancialmente a modalidade de leitura de uma Revolução Solar. Dito isso, a potência de uma RL é muito, muito inferior àquela de RS na qual o “vestígio” da RL deve ser de qualquer maneira colocado e interpretado. Portanto, também nas Revoluções Lunares observaremos em primeiro lugar sempre onde cairá o Ascendente de RL (ou RLM) e sucessivamente, em ordem de importância decisivamente secundária, vamos verificar a posição dos planetas, sobretudo em presença de stellium (acúmulo de planetas) nas várias Casas de RL ou RLM.
Também é pertinente especificar que se, em um dado ano, tínhamos já no início uma má RS, a verdade é que duas, três ou quatro RL “miradas” na sequência não mudarão o quadro já descrito da RS. Também vale o raciocínio contrário, ou seja, se temos certeza de uma boa Revolução Solar Mirada (viajando ou então se a tínhamos de base), mesmo as piores RL não poderão nada contra aquele “escudo” especial.
Nesse caso, somando tudoparece bastante supérfluo “mirar” uma RL. Claramente a coisa é viável e algumas pessoas com meios e tempo à disposição o fazem – o mecanismo é idêntico àquele descrito para mirar as RS, portanto para quem ainda não o fez, enviamos para as partes desta seção em que isso é explicado detalhadamente. Mas, dizíamos que a coisa é bastante supérflua pelos motivos já expostos, porque se a RSB for ruim e você não viajou, será de qualquer maneira inútil correr atrás do prejuízo, mirando uma ou mais RL que são de qualquer maneira sempre “governadas”, “inscritas” na RS anual, pois estão contidas nela.
Na melhor das hipóteses, segundo as indicações de Ciro Discepolo, é aconselhável mirar uma RL quando se quer “potencializar”, “ajudar” com um “empurrãozinho” uma boa RSM. Graças aos estudos aprofundados deste extraordinário astrólogo, fundador da Escola de Astrologia Ativa, vamos resumir a seguir alguns conceitos expressos por ele em relação às Revoluções Lunares e Revoluções Lunares Miradas (RL e RLM).
- Como já afirmamos, o conceituado estudioso nos lembra que a potência de uma RL é sempre nitidamente inferior àquela de uma RS (ou RSM) na qual age.
- Também deve estar claro que nem mesmo RL consecutivas podem minimamente subverter aquilo que está escrito em uma RSB (ou RSM).
- Ciro Discepolo nos fala também do conceito de “modulação” para nos explicar melhor o funcionamento das RL (ou RLM) e nos explica que podemos nos “ajudar”, mirando uma ou mais RL na direção da RSB (ou RSM) dentro da qual esta última age. O conceito de modulação foi assim resumido pelo estudioso: “um processo pelo qual podemos aumentar ou diminuir um determinado limite com uma pequena entrada”. A qual limite se refere o ilustre astrólogo? Ao limite expresso da posição de certos planetas na RS (ou RSM) sobre o qual serão tomadas outras medidas (na mesma direção indicada por estes últimos), modulando precisamente uma ou mais RL. É por isso que no âmbito de uma RL, a posição dos planetas nas várias Casas de RL ou RLM, como afirmamos pouco antes, tem sim uma importância secundária em relação àquela da RS, mas não completamente nula, porque será observando-as que nós nos deslocaremos para “potencializar” uma RLM específica. Embora, no fim das contas, mirar as RL continua sendo ineficaz.
- Em relação ao Ascendente de RL, também podemos colocá-lo em 12^, 6^ ou I Casa radical, mas apenas se isso for útil para colocá-lo, suponhamos, em uma conjunção Vênus-Júpiter em X Casa de RL, posição já prevista da RS em curso. E por que? Não reforçamos mais de uma vez que posicionar o Ascendente de RS em 12^, 6^ ou I Casa radical, ou seja, a tríade de posições perigosíssimas descritas por Discepolo, é uma coisa negativa? Sim, mas se nos certificamos antes de uma boa RSM e “modularmos” os planetas da RL na direção da RSM, o Ascendente “perigoso” de RL nos trará no máximo uma indisposição, mas absolutamente não nos poderá expor a problemas de saúde mais graves.
- No que se refere às viagens para ir ao local de uma RLM, o discurso é idêntico àquele já exposto para as RS: melhor partir com um ou dois dias de antecedência (para a RL é suficiente) e repartir logo depois, até meia hora depois, que a RLM deu início. Se, ao contrário, tivermos alguma dúvida sobre a nossa hora de nascimento, melhor ficar onde está, ou seja, no lugar da RLM, até uma ou duras horas “depois” que ela tenha dado início.
- Hipótese contrária: a RLM que nós escolhemos NÃO vai na direção já descrita da RS (ou RSM) em curso, mas naquela oposta? O objetivo pesquisado por nós será igual a zero. Exemplo: colocamos Saturno e Urano em 5^ de RSM e depois partimos para uma RLM em que colocamos uma Vênus em 5^ de RLM para nos ajudar na vida sentimental e “consertar” um pouco a associação de Saturno e Urano em 5^ de RSM? Bom, não acontecerá praticamente nada. É claro o conceito?
No espaço intitulado “Revoluções Lunares: a datação dos eventos”, você encontra algum exemplo prático que te ajudará a individualizar quais serão os meses em que, com muita probabilidade, se verificarão os eventos indicados da Revolução Solar, objetivo principal das RL.
Imprime este artigo
|
 |